ABRINDO A MENTE PARA UM MUNDO MELHOR
Depois de um longo tempo sem postar algo por aqui, resolvi retornar com um assunto que para muitos é polêmico, mas para outros, algo tão natural como beber água.
Com o alcance dos direitos das “minorias”, tem se tornado cada vez mais frequente reportagens, vídeos, propagandas e afins sobre os direitos aos homossexuais. Com isso, muitos gays, lésbicas, transsexuais e afins, começaram a aparecer. Não que eles não existissem antes, mas o medo se se expor para a sociedade e o medo da violência, fez com que muitos ficassem trancados em seus “armários”. Com a abertura de muitas portas, temos assistido a infinitas cenas de violência contra os homossexuais.
Tenho que admitir que a homofobia sempre me assustou e este tipo de ódio humano nunca foi bem compreendido por mim. O que mais me assusta e ainda me perturba, é o fato de saber que inúmeras pessoas que frequentam igrejas, chamam a si mesmas de servas de Deus e são elas as primeiras a lançarem as pedras, sem antes ao menos avaliar se estão em condições de atirá-las. Igrejas pregam o ódio e a discriminação aos homossexuais, mas quem são eles para dizerem o que é certo e o que é errado? Quem são eles para dizer que Deus vai mandar fulano ou fulana para o inferno só por amar uma pessoa do mesmo sexo? Quem disse? Quantas más interpretações das Escrituras Sagradas são feitas por pessoas que sé dizem padres ou pastores por esse mundo a fora? Por que tanto ódio e tanto preconceito com pessoas que só querem ter o direito a felicidade e a viver com amor, amizade, carinho e respeito como qualquer casal? Acho que já passou da hora da humanidade parar para refletir.
Muitos não sabem, mas o homossexualismo convive conosco em nosso dia a dia e ninguém pode fechar os olhos para isso. Fechar os olhos é demonstrar ignorância diante de um fato que permeia a vida social desde os primórdios da humanidade. Indivíduos homossexuais sempre existiram e existirão, seja no trabalho, na vida social ou mesmo no seio familiar. O homossexualismo precisa ser encarado como algo natural e livre para se expandir. Sim, expandir-se, pois sua expressão natural passou a ser severamente reprimida a partir do advento do Cristianismo. As ideias preconceituosas e errôneas noções religiosas são as principais vilãs neste problema que toma aberta discussão no final do século XX.
É uma pena que a visão positiva do homossexualismo esteja ofuscada pelo medo e ódio infundados e baseados em mero preconceito. A literatura está repleta de pessoas que afirmaram admirar um parente ou amigo até o dia em que descobriram se tratar de um indivíduo homossexual. De repente, todos os valores e qualidades daquele ente querido desapareceram em um passe de mágica, simplesmente porque sua orientação sexual revelada não "condizia com os princípios da sociedade".
É, então, que neste sentido surge uma segunda questão: o que é condizente com os princípios sociais?
Matar e roubar não é condizente. Mas o nosso Código Penal ampara aquele que mata para se proteger e dá como atenuante o fato de alguém roubar para sobreviver, como por exemplo, o roubo de alimentos. Então, proibir o indivíduo de matar e roubar não pode ser visto como algo perfeito, acabado e não mais discutível, pelo contrário, surge a discussão em torno da ética humana, avaliando até que ponto algo pode ou não ser aceitável. A dúvida que prevalece é por que matar ou roubar é aceitável até determinado ponto na esfera social, mas não o homossexualismo? Por que um indivíduo que manifesta uma orientação sexual distinta da orientação dita como "natural" deve ser visto como um indivíduo à margem da sociedade? Que crime cometeu um homossexual por ter se desenvolvido como tal? Quantos excelentes médicos, advogados, artistas, estudiosos não brindaram o mundo com seu talento, mesmo sendo homossexuais, e nem por isso deixaram de ser menos humanos? Até que ponto a hipocrisia de alguns vai ditar as regras da vida em sociedade?
Difícil responder a estas questões nestes dias tão turbulentos em que a falta de informação e a ignorância ainda prevalecem no meio em que vivemos.
Hoje a “liberação sexual” toma corpo e ganha terreno numa busca frenética para alcançar uma ordem social. Na verdade, não são os valores que estão perdidos, como pregam alguns por aí, mas o senso de direção dos homens encontra-se alterado. Sente-se que há uma necessidade do homem se encontrar. E não é reprimindo ou liberando sua sexualidade que isso se dará, mas sim dando a ele a liberdade de ser o que realmente é.
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